domingo, 18 de agosto de 2013

História de Rondônia, uma aula show


O programa de televisão Trilhando a História completa cinco anos de atuação, na busca de resgatar parte da história, memória e cultura de Rondônia e da Amazônia. Nesses anos foram gravados mais de trezentos programas, e boa parte das matérias filmadas no Estado de Rondônia, que comprovadamente é uma unidade federativa, que têm muita história ainda a ser contada, e também muito potencial turístico pelas belezas naturais e sua cultura.
Pensando nisso, o Professor Aleks Palitot, com a experiência adquirida nas gravações do Trilhando a História e com a sua atuação por mais de 15 anos em sala de aula na disciplina de história de Rondônia, vai agora proporcionar um aulão específico para Concurso Público com tema de história regional. Uma oportunidade imperdível para um aprendizado sobre este tema em uma aula show que se realizará dia 24 de agosto do corrente mês.
O Aulão de História de Rondônia será realizado no Auditório de Centro de Formação Executiva da Faculdade Porto – FGV, que está situado na Rua Paulo Freire. O investimento é de 25 reais para uma aula que será iniciada às 14 horas e se encerra às 18h no sábado. Para mais informações sobre os temas do aulão, o local de realização e vagas disponíveis no número 3211-6032. O evento é específico para o público que está se preparando para concursos públicos do Tribunal de Contas de Rondônia, Tribunal Regional Eleitoral, Polícia Civil, Polícia Militar, Bombeiro e também para alunos que estão se preparando para vestibulares em Medicina em Rondônia.

Fonte: produção Trilhando a História


segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Por que e para quê História?


São várias as evidências da atual avidez pelo conhecimento histórico. Em outras palavras, a História está na moda! Filmes, séries televisivas, revistas de ampla divulgação, obras de caráter biográfico e temático são algumas das expressões que atestam a receptividade que a produção de cunho histórico vem obtendo no universo sociocultural brasileiro. Em Rondônia não é diferente, temos grandes historiadores com formação acadêmica, grandes pesquisadores da memória de nosso Estado e da Amazônia, que lutam paulatinamente para fazer ciência, historiadores como: Antônio Claudio Rabelo, Dante Foncesa, Marco Teixeira, Marta Valéria, Lilian Moser, Yeda Borsacov, Professor Abnael, Walfredo Tadeu, Kleber Lima , e por que não falar dos saudosos Vitor Hugo, Amizael Gomes e Esron de Menezes. Me perdoem os que se dizem historiadores, mas não posso desconsiderar o esforço de quem hoje está nos bancos das universidades, em busca de conhecimento, resultando na conquista de um diploma. Diploma de bacharel em história. Não posso me eximir de defender o que é o correto, e valorizar o esforço do discentes e docentes de história. E é na academia que se discute a história por diferentes primas. 
Tal panorama parece indicar que, entre nós, a História atinge sua maioridade, suas pesquisas ganham consistência e adquirem respeitabilidade. Verdade é que tudo isso pode ser atribuído, em grande parte, ao fato de os historiadores, cada vez mais, ampliarem seus diálogos com as demais ciências.
Por isso, instigado pelo Trilhando a História, programa de televisão local que produzo, ponho-me a pensar sobre as responsabilidades daqueles que deixam seduzir pelos encantos de Clio, a musa dos historiadores, fazendo dessa disciplina sua opção profissional.
Afloram em mim leituras e ensinamentos, a começar pela recorrente profissão de fé legada por Marc Bloch nas anotações que, publicadas postumamente, resultaram na sua Apologia pela História ou ofício do Historiador . Belo título. Incontornável  Leitura.
De imediato, relembro o parágrafo inicial. Nele uma criança, se dirigindo ao pai historiador, indaga-lhe:”Diga-me, para que serve a História?”. Pergunta desconcertante que inquieta e atormenta os estudantes, estudiosos e diletantes da História. Capacitados ou não a respondê-la, importar registrar a permanência desse desafio ao longo de nossa trajetória profissional.
Com efeito, perceber e introjetar o sentido e as funções sociais da história, compromisso do profissional da área, é também dever de consciência, de cada um de nós, na condição de agentes históricos. Ou na condição de agentes da nossa história, pois nunca é demasiado salientar que esta só se justifica e se explica por que tem os homens vivos com sua razão de ser. Estudamos história para conhecer e transformar a vida. Nossas angústias e interrogações são a força-motriz que nos impulsiona a conhecer o passado e, daí, tentar identificar e analisar criticamente as condições de e para a compreensão do nosso presente.
O passado e os mortos se constituem no objeto de nossos estudos, mas é das indagações e das perplexidades do presente que a História vai sendo (re)escrita e compreendida. É a partir do contexto em que nos situamos e do qual somos partícipes que construímos a nossa História.
Cuidando em não resvalarmos para a prática do anacronismo, é no questionamento do passado que buscamos detectar e delinear nossas identidades. Essas, por seu turno, obviamente, só se delineiam por contrastação, por antinomia. Vale dizer: o estudo da história objetiva captar e exprimir, predominantemente, nossas diferenças e não nossas afinidades.
Assim, o conhecimento do passado, não sendo em si mesmo a História, antes de iluminar o futuro, deve proporcionar aos homens viverem melhor o seu presente. Propiciar-nos referências para constituição de uma almejada sociedade mais justa e solidária.
Aleks Palitot
Historiador reconhecido pelo MEC pela portaria n° 387/87

Diploma n° 483/2007, Livro 001, Folha 098