terça-feira, 26 de outubro de 2010

Gravamos em Cachuela Esperanza - Bolívia

Teatro General Pando - Cachuela Esperanza - Bolívia
Vai ao ar hoje na Rede TV Rondônia canal 17, o Trilhando a História que gravamos em uma cidade histórica na Bolívia denominada Cachuela Esperança situada no norte do país as margens do Rio Beni (Madeira). O lugar foi sede a mais de 80 anos das empresas de Nicola Suarez Dall, conhecido na Bolívia como o rei da borracha. A Estrada de Ferro Madeira Mamoré foi construída principalmente para beneficiar ao Suarez Hermanos no transporte de látex e quinino, produtos lucrativos na época.
O Programa vai ao ar  as 12 horas no Programa Fala Rondônia na Rede TV Rondônia canal 17.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Trilhando a História no Monte Roraima


O programa Trilhando a História recebeu convite da Roraima Adventure, para realizar gravações em Boa Vista-RR, e claro também no famoso Monte Roraima, numa trilha ao mesmo que leva 4 dias até seu topo. A equipe do Trilhando está programando a viagem para dezembro.

Sobre o Monte Roraima: na região, existia uma área indígena da etnia Ingaricó. Em abril de 2005, foi sobreposta pela Terra Indígena Raposa/Serra-do-Sol que inclui o Parque. Com a demarcação da nova área indígena, o Parque será administrado na forma de Gestão Compartilhada entre Funai, Ibama e comunidade Ingaricó.

O Monte Roraima é um dos pontos culminantes do país, com 2.875 m de altitude. Os indígenas venezuelanos (pémons) e brasileiros (ingaricós) o consideram como "A Casa de Macunaima". Os pémons o chamam ainda de "Madre de todas las Águas". O primeiro homem branco a conhecer o Monte Roraima foi o inglês Sir Walter Raleigh que no final do século XVI, estando em busca de tesouros, embrenhou-se pelas Antilhas e cruzou a floresta na região da Guiana. Raleigh teria chegado apenas à base do Monte. Mesmo assim coletou material suficiente para escrever a obra que denominaria “Montanha de Cristal” inspirado em lendas locais. Mais tarde, em 1884, chegaria lá outro inglês, o botânico Everard Im Thum. Este sim subiu ao topo do Monte e deixou relatórios detalhados de sua expedição, o que inspirou o escritor britânico Conan Doyle a criar o romance "O Mundo Perdido", publicado no início do Século XX.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Artigo da Semana

Faces da História

 Quem é analfabeto
É polêmica a definição de analfabetismo. No Brasil, considera-se oficialmente alfabetizado quem sabe escrever um bilhete simples. Mas exitem estudos indicando que quem não foi pelo menos quatro anos à escola pode ser considerado um analfabeto de fato.
Sem esses quatro anos para fixar as letras, a pessoa esqueceria o que aprendeu. Por esse critério, calcula-se que 36,6% dos brasileiros seriam analfabetos. Por trás dessa taxa esconde-se um grave efeito político.

A democracia é o regime que garante a liberdade de todos escolherem seus governantes. Mas só existe liberdade quando se pode optar. E só existe opção quando se tem informação. A capacidade de um analfabeto obter informação e processá-la é muito limitada. Ninguém pode dizer que é livre para tomar o sorvete que quiser se conhece apenas o sabor limão. Para um analfabeto, é muito mais difícil avaliar e comparar as propostas dos candidatos, notar suas contradições, avaliar cada detalhe, informar-se sobre seu passado. Essa dificuldade existe para qualquer pessoa desinformada, seja ela analfabeta ou não.
Para ficarmos em apenas um exemplo, lembramos da eleição de Fernando Collor, em 1989. Apesar das advertências  sobre suas contradições, publicadas em jornais e revistas, ele venceu as eleições presidenciais daquele ano. Havia uma série de dados mostrando a diferença entre o que ele prometia e seu passado, inclusive no campo da moralidade. Ainda assim, no primeiro turno das eleições ele recebeu uma grande quantidade de votos. E a maior parte desses votos veio de pessoas com menor instrução. Ela se sensibilizaram com a promessa de salvação para os “descamisados”.
Collor chegou ao poder, mas logo o perderia, depois de um desgastante processo de impeachment , em que foi acusado de corrupção. Isso apesar de ter ganho a eleição com a  bandeira da moralidade. Esse fato mostra o quanto a educação é importante. Ela é um dos pilares da democracia. Quanto mais politizado for um cidadão, mais difícil será a vida dos demagogos. E não se trata apenas de uma questão política. Trata-se de fazer valer todos os seus direitos. O direito de não morrer numa fila do INSS, e de ter seus direitos trabalhistas garantidos, de ser indenizado por ter ingerido produtos estragados, enfim, de levar uma vida condigna.


                                                                                                           
Aleksander Allen Nina Palitot
O autor é Historiador