domingo, 31 de julho de 2011

História do Bairro Triângulo de Porto Velho

Primeira Locomotiva da Amazônia de 1878, máquina número 12
     Esse bairro surgiu margeando o Madeira e o leito férreo, bairro formado pelas casas dos operários da Madeira Mamoré que invadiram essa área. Inicialmente as construções eram n sua maioria, de taipa e com cobertura de folhas de palmeira e, outras cobertas de cavacos ou telhas. Mais tarde foram construídas algumas residências de alvenaria. O nome Triângulo dado ao bairro foi em razão da existência de um triângulo de retorno na área, local onde as máquinas de ferro maiores e mais pesadas, como as de número 15 e 16, realizavam manobras de retorno. No complexo ferroviário havia um triângulo para as máquinas menores e mais leves. Foi bairro Triângulo que surgiu na década de 50 do século XX, uma quadrilha junina com o nome “ Flor do Maracujá”, organizada pelo ferroviário Joventino Ferreira Filho.



domingo, 24 de julho de 2011

Vila Murtinho, onde sobra História, falta preservação

Estação Ferroviária de Vila Murtinho fronteira com a Bolívia
Vila Murtinho, situada na confluência dos rios Beni e Mamoré, era a estação da E.F.M.M. mais movimentada. A razão consistia em ser o ponto de embarque das mercadorias dos produtores bolivianos como a borracha, a castanha, a copaíba, poaia, o camaru, além de ser o porto de desembarque das mercadorias vindas da Europa. Estas eram embarcadas com destino à “ Casa Suares” em Cachoeira Esperanza, sede dos serigais benianos.
Nos dias da chegada dos trens, Vila Murtinho regurgitava de gente. Bolivianos e brasileiros confraternizavam-se nesse dia em cervejadas homéricas e nos jogos de pôquer, da pinta e do cispladim. Por vezes essas reuniões degeneravam-se em sérios conflitos. Por isso o governo do Mato Grosso nomeou delegado da localidade um capitão reformado da polícia chamado Capitão Paz, para por fim as badernas.
Vila Murtinho hoje é só ruínas, existe ainda resistindo ao tempo uma Igreja gótica de Santa Teresinha, uma Estação da Ferrovia abandonada, algumas casa antigas com sua estrutura comprometida, uma caixa d’água de 100 anos e alguns galpões.

O Trilhando a História vai ao ar todas as terças no canal 17 na Rede TV Rondônia no programa Fala Rondônia ao meio dia em rede estadual e em horários alternativos nos canais 20 e 25.
 

domingo, 17 de julho de 2011

Trilhando a História conta a epopéia da Caravana FORD

A equipe do Trilhando a História vai tentar reviver a grande aventura de 50 anos atrás da Caravana FORD. Partindo de Vilhena o Trilhando a História além de fazer reportagens sobre o que foi essa grande epopéia de homens que encararam a grande selva Amazônica, numa estrada de barro e atoleiros, irá produzir matérias sobre os municípios de Rondônia por onde a antiga BR 029 e hoje 364 corta.
No final de 1960, uma equipe formada com motoristas e mecânicos do governo, além de particulares, levou 59 dias de São Paulo a Porto Velho, conduzindo uma caravana de carros Ford, chefiados pelo telegrafista Antônio Brasileiro, mais tarde substituído pelo mecânico Eduardo Lima e Silva.
Enfrentando o areião desértico, bebendo água de tambores, comendo conserva, enfrentando lama pelos picadões recém abertos por tratores da Camargo Correia na floresta Amazônica; ou ainda, quando chovia, bebendo água coletada nos caminhões, ao mesmo tempo em que se banhavam na chuva, procurando mitigar calor sufocante.
Na trajetória da caravana, somente encontravam tapiris e insetos em grandes quantidades. Na estrada de Cuiabá-Porto Velho, também encontravam os índios que ainda eram bom número na região ou lobos uivantes.
Atravessando balsas e enfrentando a lama, ruindo pinguelas, abrindo variantes, até chegarem a Porto Velho no dia 28 de dezembro, às 20 horas, sob aplausos de grande público e do governador Paulo Nunes Leal.

O Trilhando a História vai ao ar todas as terças no canal 17 na Rede TV Rondônia no programa Fala Rondônia ao meio dia em rede estadual e em horários alternativos nos canais 20 e 25.

sábado, 16 de julho de 2011

Aventura na Serra dos Pakaas



Expedição Madeira-Mamoré Objetivo na Serra dos Pakaas.
O Trilhando a História dessa semana encarou mais uma aventura no Parque dos Parecis na Serra dos Pakaas em Guajará-Mirim. Com os alunos do Colégio Objetivo-PVH que participavam da Expedição Madeira Mamoré 2011, a equipe do Trilhando fez trilhas e caminhadas em meio a grande Serra, passando por paisagens ecológicas de tirar o fôlego, constatação dos próprios alunos do Objetivo que vivenciaram essa grande aventura.
Em 1979 foi criado o Parque Nacional de Pacáas Novos com o intuito de proteger um importante refúgio ecológico da Bacia Sedimentar Amazônica. O Parque abriga importante patrimônio cultural indígena, representado hoje pelas tribos Uru-Eu-Wau-Wau e Uru-Pa-In.
Em relatos do Marechal Rondon há referências aos índios Cawahib ou Caguarip, auto denominação dos ocupantes dessa área, apelidados pelos Oro-Uari de Uru-Eu-Wau-Wau, "Os Que Tocam Taboca". O nome Pacaás Novos teve origem com os seringueiros que ao caçarem na região encontravam muitas pacas na beira do igarapé (rio).
Nas serras abrangidas pelo Parque Nacional de Pacaás Novos, entre elas a dos Uopiane, dos Pacaás Novos e Moreira Cabral, nascem os principais rios do estado de Rondônia, Jamari, Machado, Jacy-Paraná, além de numerosos igarapés.
Aparentemente a bacia sedimentar do Amazonas apresenta-se como uma grande planície de topografia homogênea, mas a suavidade de suas formas mascara estruturas geológicas complexas. Há o domínio de bacias sedimentares, contido entre estruturas de escudos cristalinos. Extensão da chapada dos Parecis, a Serra dos Pacaás Novos é um grande maciço residual, composto sobretudo de relevos tabulares esculpidos em sedimentos pré-cambrianos.

O Trilhando a História vai ao ar todas as terças no canal 17 na Rede TV Rondônia no programa Fala Rondônia ao meio dia em rede estadual e em horários alternativos nos canais 20 e 25.

Os programas ficam a disposição no site WWW.culturadonorte.com

quarta-feira, 13 de julho de 2011

O Bairro Caiary



O problema residencial nas décadas de 30 e 40 do século passado, em Porto Velho, era latente. O Diretor da E.F. Madeira Mamoré, Aluízio Pinheiro Ferreira, conseguiu a liberação de recursos financeiros junto ao Ministério de Viação e Obras Públicas, visando solucionar o problema. A construção das residências ocorreu na década de 40, situam-se nas Ruas Duque de Caxias e Santos Dumont, Avenida Presidente Dutra, Farqhuar, Carlos Gomes e Rogério Weber. Essas casas eram destinadas aos funcionários graduados da ferrovia, eram dotadas de sistema de ventilação, avarandadas, com rede de água encanada e instalação elétrica. O bairro formado recebeu o nome de Caiary. Na etimologia tupi-guarani, significa madeira em cima d’água.

domingo, 10 de julho de 2011

Vamos Trilhar a História em Abunã

O Trilhando a História novamente gravou na localidade de Abunã, Vila importante, pois no passado era a região das mais importantes da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. A Estação de Abunã - km 211,5: Situa-se próximo da confluência dos rios Madeira e Abunã, junto à fronteira boliviana e próxima ao entrocamento da rodovia 425, que liga Porto Velho a Guajará-Mirim. O Distrito de Abunã é atravessado pela Br-364.
Essa localidade se originou da exploração da borracha e castanha-do-Pará, tendo sido, em certa época, um núcleo significativo, por ser para a ferrovia o ponto de inflexão do rumo sudoeste para o rumo sul e, para a rodovia, a conexão que surge para Rio Branco, capital, do Acre.
Até 1943 Abunã pertencia a Mato Grosso, que denominou a localidade de Presidente Marques, elevando-se à condição de distrito do Município de Santo Antônio do Rio Madeira, entretanto o pequeno povoado nunca foi conhecido pelo nome oficial, todos denominavam de Abunã, nome de origem tupi-guarani, significando: deslizar sem ruído.
A Vila de Abunã é marcada pela presença do acervo em ruínas da lendária E.F. Madeira-Mamoré, sendo que o seu antigo local de manobras foi totalmente tomado pela rodovia.

O Trilhando a História vai ao ar todas as terças no canal 17 na Rede TV Rondônia no programa Fala Rondônia ao meio dia em rede estadual e em horários alternativos nos canais 20 e 25.
Os programas ficam a disposição no site WWW.culturadonorte.blogspot.com

terça-feira, 5 de julho de 2011

Nota de Domingues Júnior

Ao invés de adeus, um até breve!



Amigos telespectadores, caros colegas jornalistas, clientes, usuários, leitores: Durante 10 anos, desde que cheguei a Rondônia com minha família, dediquei esforço, inteligência, capacidade e criatividade para colaborar com o Sistema Gurgacz de Comunicação. Ao lado de uma valorosa equipe, consegui trilhar um caminho de conquistas, fortalecendo a programação local, criando através de vários programas um espaço de cidadania, utilidade pública, informação e interatividade. Uma das marcas registradas do trabalho implantado.
Nesse período, abrimos horizontes com as transmissões de eventos. Como o Dia do Bem e suas doses de amor ao próximo. A cobertura das eleições, também com programação direta, numa inédita transmissão de 12 horas ao vivo. Sem contar os inesquecíveis debates.
Para o esporte conseguimos abrir novas frentes, transmitindo competições, ampliando o espaço com novos programas, divulgando as marcas, os atletas.
Tive o privilégio de também atuar diretamente na implantação de espaços para valorização cultural, como as transmissões do Arraial Flor do Maracujá.
A produção agropecuária ganhou grande incentivo com a cobertura ao vivo das feiras de vários municípios do Estado.
Nos programas que tive a felicidade de ancorar, abrimos as possibilidades para que os usuários pudessem ter voz e vez. De verdade! Ferramentas de mídias sociais uniram forças ao velho e bom telefone para que todos pudessem opinar, sugerir, criticar, participar ativamente.
No Fala Rondônia, por exemplo, criamos quadros como o Cidadão Repórter, Memória de Elefante, Você é Show, Dicas de Leitura, Beleza e Saúde, Fala Doutor, Fala Animal, Trilhando a História, entre outros tantos. Todos com o objetivo de mostrar mais de nossa gente.
O programa foi responsável pelo nascimento da maioria dos demais programas da Rede TV! Rondônia.
Hoje, após grandes desafios, e muito agradecido pela oportunidade de trabalhar e mostrar o que é que Rondônia tem, viro esta página. A compatibilidade de interesses e objetivos, a possibilidade de reconstruir, recomeçar, ampliar possibilidades, e o sincero e necessário desejo de mudança, me levaram a uma nova casa: o Sistema Imagem de Comunicação, empresa responsável pelas emissoras Record, Record News e Rádio Parecis.
Onde, a partir de agora, continuo a escrever essa história.
Por isso, quero deixar meu maior e melhor muito obrigado. Ele vai direto para essa imensidão de novos amigos que a TV e o jornal Diário da Amazônia me proporcionaram angariar. Também tem como endereço o coração dos clientes que acreditaram nas parcerias. E os empregadores, que enxergaram o quanto, juntos, podíamos fazer, criando algo tão grande que mexeu com o mercado, as mídias, o jeito rondoniense de se comunicar.
Fiquem na Paz! Permitam-me continuar desfrutando dessa amizade. Aceitem um forte abraço e um até breve. Numa outra sintonia, mas com o respeito e o carinho de sempre.
 
Domingues Júnior
Jornalista