sábado, 24 de setembro de 2011

As riquezas do Guaporé


Reserva Florestal Lagoa Azul - Senhor Bernardo
Rondônia detém uma grande variedade de ecossistemas, incluindo áreas de grande beleza cênica e biológica, bem como uma situação biogeográfica muito interessante. Se você curte a natureza e sonha com uma grande aventura, conheça os atrativos de Rondônia e  do Vale do Guaporé. De interesse turístico, por sua exuberante fauna e diversificada flora, o rio Guaporé abriga espécies de mamíferos aquáticos únicos da Amazônia, como o boto tucuxi e o peixe-boi, além das tartarugas que todos os anos povoam as praias guaporeanas de vida, na época das desovas.
Por isso o Trilhando a História da semana, vai mostrar o Guaporé com sua rica ecologia e sua cultura tradicional. Identidade e cultura enraizada na história de ocupação dessa região ao longo da exploração da Amazônia durante o século XVI. Para isso, visitamos na região do município de Costa Marques, uma reserva florestal particular chamada Lagoa Azul do ambientalista senhor Bernardo. Lá pudemos perceber o amor deste homem, pelo meio ambiente,pois, na sua reserva, seu Bernardo possui um orquidário com mais de mil orquídeas, e ainda, o mesmo produz artesanato com os recursos que a própria reserva natural lhe oferece, praticando assim com sustentabilidade o desenvolvimento regional sem agredir a floresta.

Quilombolas de Santa Fé
Pudemos também, no mesmo programa gravar no Rio Guaporé, e ficamos deslumbrados com a riqueza natural da região, principalmente na localidade de Santa Fé dos Quilombolas, local de origem a partir da resistência de afro-descendentes que lutaram contra a escravidão no passado, período corresponde à exploração colonial do Guaporé.

O Trilhando a História vai ao ar todas as terças no canal 17 na Rede TV Rondônia no programa Fala Rondônia ao meio dia em rede estadual e em horários alternativos nos canais 20 e 25 (13h).
Os programas ficam a disposição no site WWW.amazoniavideo.com

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A Universidade Federal de Rondônia, a greve e as ruínas do futuro

Ari Ott
Professor do Departamento de Ciências Sociais da UNIR

O que mais impressiona nesta greve de professores e estudantes da UNIR, não é tanto que ela tenha sido decidida agora, mas que somente agora ela tenha sido decidida. A implantação do REUNI na UNIR a partir de 2008, feita de afogadilho, para atender demandas políticas e de políticos, sem qualquer planejamento a curto e médio prazos, abrindo novos cursos como quem escolhe pratos em um cardápio de restaurante, contrariando todos os alertas emitidos pelas parcelas mais conseqüentes da Universidade e da sociedade, só podia resultar neste quadro de abandono, precariedade e favelização (sem ofensa às favelas).
Sem a expansão da infra-estrutura correspondente ao aumento das matrículas, o que se assiste agora é uma Universidade em que as condições mínimas de funcionamento estão comprometidas, talvez irremediavelmente comprometidas. Os poucos prédios que abrigariam os novos cursos estão inconclusos, carcomidos pela ação do tempo, e até as placas que identificavam as obras tombaram. As salas de aula são insuficientes e os alunos de graduação e mestrado perambulam em busca de espaço e de carteiras. Os laboratórios para os muitos cursos que exigem formação prática ou não existem, ou estão sucateados, comprometendo a formação dos futuros profissionais. A Biblioteca Central é um grande salão vazio, esperando por livros e revistas científicas que nunca chegam. O acesso dos estudantes a computadores e internet é limitado pelo número insuficiente e por máquinas velhas e contaminadas, enquanto noventa computadores novos estão empilhados em suas caixas, aguardando a instalação. Insumos básicos como luz, água, telefone e internet são fornecidos alternadamente, faltando um quando outro funciona. O lixo é recolhido com parcimônia e o conteúdo dos sacos se espalha, agravando a sensação de sujeira generalizada. Nos banheiros, poucos para o aumento do público, os aparelhos sanitários danificados ou defeituosos não são reparados. Itens básicos da higiene pessoal, como sabão, papel toalha e higiênico simplesmente desapareceram e cada um deve carregar seu nécessaire de toilette, para evitar vexames diversos.
Quanto aos recursos humanos, a outra ponta da equação que faz funcionar o ensino, a pesquisa e a extensão em uma Universidade, a situação não é diferente. Faltam técnicos e professores em quantidade e qualidade compatíveis com o crescimento do número de alunos e cursos. O corpo técnico tem sido ampliado em doses homeopáticas. A contratação de professores diminui a cada semestre, e alguns cursos contam com dois ou três docentes da área para ministrar todas as disciplinas específicas. Com o agravante de que vários concursos para contratação de novos professores foram fraudados dentro da legalidade. Ou seja, os editais foram criteriosamente redigidos, as bancas de seleção rigorosamente montadas, as notas aos candidatos escrupulosamente calculadas, de modo a aprovar aqueles de interesse da casta dirigente. O efeito final, que seria cômico se não fosse trágico, foi a contratação de esposos e esposas, filhos e filhas, sobrinhos e sobrinhas, a demonstrar uma insuspeita transmissão genética da vocação pedagógica em famílias inteiras.
John Donne, poeta inglês do século XVII, nos ensinou que nenhum homem é uma ilha. Nenhuma instituição também existe ilhada do seu ambiente. Ao contrário, ela mimetiza o comportamento de setores da sociedade. Quando a corrupção e o nepotismo, as maracutaias e as falcatruas são praticadas impunemente pelos poderosos, mesmo o menor poder apodrece. Torna-se quase impossível resistir às tentações do uso dos dinheiros públicos para benefício pessoal. Entre passear na Europa com diárias e passagens pagas pelo contribuinte, ou se dedicar a resolver os problemas da Instituição, a escolha dos dirigentes é simples. Por que trocar Paris, Amsterdam, Sevilha, Madri, Porto e Lisboa por Ariquemes, Guajará-Mirim, Ji-paraná, Rolim de Moura, Cacoal e Vilhena, se nestas só existem problemas, enquanto naquelas somente o prazer. Os ganhos extras por manobras escusas terminam encorpando o salário e sustentando um padrão de vida que não condiz com a renda. Logo, os laranjas são convocados para assumir a propriedade de chácaras e fazendas, negócios e empreendimentos que devem ser mantidos longe dos olhos do fisco, pois trata-se de patrimônio ilegalmente adquirido.
O REUNI, gostam de dizer os cínicos, é o projeto que levou os pobres à Universidade. E depois os abandonou a própria sorte, completam os realistas. Ninguém discorda que o ensino universitário público e gratuito deve crescer, o que é diferente de inchar. Aumentar o número de vagas, sem oferecer aos estudantes a contrapartida de condições adequadas para um ensino de qualidade é sinal de patologia acadêmica, de populismo e demagogia.
O que se assiste hoje na UNIR é o que se pode chamar de ruínas do futuro, posto que a situação presente projetará sua sombra pelos próximos anos. Mesmo que as construções sejam concluídas, mesmo que os campi sejam urbanizados, que professores e técnicos sejam contratados, que a infra-estrutura funcione, ainda restará a tarefa imensa de reconstruir a credibilidade da Instituição, de injetar ânimo nas pessoas, de restabelecer o critério de mérito, de desmontar a cultura do patrimonialismo, de dar transparência à administração, de respeitar os Conselhos Superiores, de dialogar com a sociedade rondoniense de modo respeitoso.
A atual casta dirigente nada fará neste sentido, lutando apenas por suas prebendas. É urgente, portanto, que a pressão política interna e as instâncias de regulação e controle externos atuem para sanar as irregularidades, sanear a UNIR, afastar e punir os responsáveis. De preferência com a prisão dos que se locupletaram. Afinal, a Polícia Federal está de plantão na porta da UNIR Centro e basta subir um lance de escada.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

O Guaporé em Costa Marques


Aleks Palitot no Rio Guaporé - Costa Marques - RO
Rondônia é um Estado rico em história, em cultura e muito mais grandioso em suas belezas naturais. O Vale do Guaporé é uma das localidades que o nosso Estado possui de grandezas de fauna e flora jamais vista em outros lugares do Brasil, pois, possui uma rica diversidade de vegetação e animais, de cultura e história, e uma verdadeira representação de como vivem os povos da floresta.
O Trilhando a História dessa semana gravou em uma antiga estrada que ligava Vila Bela da Santíssima Trindade, antiga capital do Mato Grosso, as ruínas do Forte Conceição destruído em uma grande enchente do Rio Guaporé por volta de 1771. Podemos constatar o empenho desses homens portugueses em ocupar e proteger dos espanhóis tão importante e estratégica região. É por alí que Rondônia começa ser ocupada, explorada e disputada, entre os ibéricos.
Costa Marques município rico em história e em natureza, também possui além do Forte Príncipe da Beira, das ruínas do Conceição e do Vale do Guaporé; um lugar rico em beleza, denominado Parque das Orquídeas, onde constatamos bem de perto as belezas da Amazônia e sua tão importante flora.

Lagoa Azul e Parque das Orquídeas - Costa Marques RO
O Vale do Guaporé está localizado no Estado de Rondônia e faz fronteira com a Bolívia. É formado pelo rio Guaporé, que nasce na Serra dos Parecis(MT), unindo-se ao rio Mamoré a 12 graus de latitude sul, onde constitui naturalmente a fronteira entre o Brasil e a Bolívia. O rio Mamoré nasce na Cordilheira dos Andes em território boliviano com o nome de La Plata e quando alcança a Serra dos Pacáas Novos, em Guajará-Mirim(RO), passa a chamar-se Mamoré. Ao encontrar-se com rio Beni(boliviano), forma a nascente do rio Madeira.
A conquista da região teve início por volta de 1524, quando o português Aleixo Garcia fazia exploração por aquela área em busca de ervas e aprisionando índios. Posteriormente, no século XVII, foi explorada pelo bandeirante Antonio Raposo Tavares em busca de ouro no rio Corumbiara. Possui 1 milhão e meio de hectares de mata nativa, onde abriga uma grande variedade de ecosistemas ainda pouco impactados pela ação do homem. Em suas várzeas podemos encontrar um grande criadouro de peixes, jacarés e tartarugas além de ser uma rota de aves migratórias do hemisfério norte, muito importantes para o Pantanal Matogrossense e a Amazônia.

O Trilhando a História vai ao ar todas as terças no canal 17 na Rede TV Rondônia no programa Fala Rondônia ao meio dia em rede estadual e em horários alternativos nos canais 20 e 25 (13h).
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domingo, 18 de setembro de 2011

Uma Triste História de um trabalhaDOR de Rondônia

Olá meu nome é Walber.

Trabalhei no canteiro de obras da Usinas de Santo Antônio no Rio Madeira em Porto Velho.
No dia 23/02/2010 ás 13:30 sofri um grave acidente que quase custou a minha vida. Eu estava sob forte pressão física e mental, não sei se escorreguei, só sei que quando dei conta de mim, a esteira da perfuratriz de 14.500 toneladas já estava esmagando minha perna.
Fui socorrido no Hospital Pronto Cor e atendido pelo Dr. Hugo Tames, mas infelizmente minha perna foi amputada.
A empresa Santo Antonio Energia , imediatamente registrou meu Cid. (Código de identificação de doença) como uma simples fratura no do dedo mindinho quando aminha perna foi esmagada.
Coincidentemente a empresa foi a única que se beneficiou; graças á isso, até hoje eu não consegui receber os meus direitos trabalhista e para sustentar minha família ainda trabalho nas Usinas e sou constantemente humilhado pelos meu "colegas" de trabalho porque não consigo mais exercer minha função.
Os chefes dos canteiros de obras, fazem de tudo para dificultar a minha entrada, mas ainda assim não desisto, continuo indo para o canteiro pois a minha família depende de mim.
Preciso que as pessoas entendam os riscos e as humilhações que os trabalhadores da Usinas Santo Antonio e de Jirau estão passando.
Estou pedindo á você que apenas leia, comente e repasse essa mensagem.
A empresa SANTO ANTONIO ENERGIA está lucrando muito com as suas obras, mas isso está custando também a vida de muitos trabalhadores, que morrem ou sofrem graves acidentes, como eu sofri e não recebem assistência alguma .
ME AJUDE POR FAVOR!





Walber ex trabalhador da construção da hidrelétrica em Porto Velho

terça-feira, 13 de setembro de 2011

A História no Vale do Guaporé

A cada programa trilhamos caminhos que revelam os rastros dos pioneiros de Rondônia, buscando contar a história da cultura e identidade dos povos da floresta. Nessa semana no Trilhando a História, vai levar a aventura de uma Expedição do Colégio Objetivo denominada Guaporé para a TV de RondÔnia. Os 36 alunos puderam vivenciar a história, cultura, ecologia e geografia bem perto, a onde elas acontecem. Nesse caso, no município de Costa Marques, berço da história de Rondônia, pois, possui o monumento mais antigo de nosso Estado, o Real Forte Príncipe da Beira construído pelos portugueses em 1776, as margens do Rio Guaporé.
 Os aventureiros do Trilhando a História e os alunos do Objetivo descobriram também, que em Costa Marques, existe uma das mais antigas festas religiosas do mundo amazônico, se trata da Festa do Divino Espírito Santo, existente na região desde de 1884. Tradição de origem portuguesa, a Festa do Divino Espírito Santo é uma das mais cultuadas em Rondônia. Trata-se de um verdadeiro ato de fé e religiosidade entre cristãos e visitantes dos mais diversos lugares do Brasil. A festa consegue reunir centenas de fiéis nos meses de abril, maio e junho num memorável e belo espetáculo que acontece de maneira fluvial. Segundo moradores, a origem da Festa está em Portugal, sendo oficializada pela rainha Dona Isabel, em peregrinações feitas por cristãos que carregavam uma bandeira com o símbolo do Divino, a pomba. Adaptada aqui no Brasil, a festa tem como principal meta de peregrinação a coleta de donativos em benefício da comunidade, mas tem também a parte profana, com muita alegria, música e apresentações. Uma grande e emocionante manifestação de fé em pleno Vale do Guaporé, na região central rondoniense.
Batelão da Festa do Divino Espírito Santo - Costa Marques - RO

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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Trilhando a História em Nova Mamoré


Ponte Metálica da Estrada de Ferro em Jacy-Paraná
O último programa da série do Trilhando a História sobre a Caravana FORD está imperdível. Resgatamos a chegada da Caravana em Porto Velho em 1960, depois falamos sobre a importância do 5° Batalhão de Engenharia e Construção na pavimentação da BR 364 e na construção da BR 425. Depois foi feita uma viagem pela história de cemitérios abandonados da Madeira-Mamoré ao longo do seu trajeto, da Ponte Metálica de Jaci-Paraná e da Localidade de Mutum-Paraná.
O Ponto alto da gravação foi em Nova Mamoré. A origem do município, antes denominado Vila Nova do Mamoré, deu-se em função da desativação da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré e a criação da BR-425 em 1968, ligando a cidade de Guajará-Mirim à BR-364.O pequeno povoado foi formado por famílias oriundas de Vila Murtinho, Iata e Projeto Sidney Girão.
Ao longo dos anos Nova Mamoré recebeu inúmeras famílias procedentes de todas as regiões do país, impulsionando o crescimento da região, passando a denominar-se Boca, Vila e, depois, Vila Nova, por ser recém-formada. Mais tarde chamou-se Núcleo de Vila Nova, mudando, posteriormente, para Distrito de Vila Nova.
Em 1988, pela lei nº 207 de 6 de julho, foi criado o município de Vila Nova do Mamoré. Um projeto de lei da câmara municipal alterou o nome do município para Nova Mamoré.

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