domingo, 28 de agosto de 2011

Vale das Cachoeiras e Ariquemes

Cidade de Ariquemes - Rondônia
Os aventureiros do Trilhando a História descobriram um lugar em Rondônia que ainda será motivo de muitas matérias e reportagens, e claro perfeito para o turismo ambiental e de aventura. Estamos falando do Vale das Cachoeiras entre Urupá e Teixeirópolis. Também a equipe gravou em Ariquemes, cidade histórica que sabe preservar sua história, pois lá foi encontrado o Museu Rondon, com acervos preservados e disponível para a população ter contato com sua história.
Por volta de 1794, o Vale do Jamari, onde surgiu o núcleo que deu origem ao município de Ariquemes, era conhecido pela abundância de suas especiarias nativas, destacando o cacau e o látex da seringueira. A região habitada por extrativistas e índios possuía vários seringais, principalmente o Seringal Papagaios. Nessa época, a Amazônia era desconhecida.
A ocupação do Vale do Jamari ocorreu por volta de 1900, principalmente durante o primeiro ciclo da borracha, mas sua ocupação efetiva começou a partir de 1909 com a construção da linha telegráfica de Cuiabá a Santo Antônio do Rio Madeira, uma maratona de muito trabalho e sacrifício, cuja expedição era chefiada pelo Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon em sua terceira viagem pela Amazônia.
Em 1915, essa região foi delimitada pela Resolução nº 735, de 6 de outubro, e denominado 3º Distrito do município de Santo Antônio do Rio Madeira. Período de grande migração nordestina, com os imigrantes ocupando terras e extraia as riquezas naturais, especialmente o látex da borracha, de grande procura internacional. O primeiro ciclo da borracha, em Ariquemes, foi o período de grande migração nordestina, com os imigrantes ocupando terras e extraindo as riquezas naturais.

O Trilhando a História vai ao ar todas as terças no canal 17 na Rede TV Rondônia no programa Fala Rondônia ao meio dia em rede estadual e em horários alternativos nos canais 20 e 25 (13h).
Os programas ficam a disposição no site WWW.amazoniavideo.com

domingo, 21 de agosto de 2011

Cacoal, a capital do Café conta sua História!

Reserva Florestal do Cacoal Selva Park
Mais uma vez o Trilhando a História revela a toda Rondônia um pouco da história dos municípios do interior do Estado.Ffalaremos no programa dessa semana da cidade de Cacoal, a capital do Café. Sua história começou com a chegada da linha telegráfica na região, aberta pelo marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, no ano de 1909. Um dos postos telegráficos foi instalado no local onde atualmente está o município de Pimenta Bueno, sendo necessário a contratação de homens para trabalhar como guarda-fios.
Em torno de 1920 chega à região para trabalhar como guarda-fios o paraibano Anísio Serrão de Carvalho. Este, membro da comissão de Rondon, adquiriu a área de terra às margens do Igarapé Tamarupá e se fixou no local, denominando-o de Cacoal. O nome da cidade é originário de um antigo senringal na região conhecido como Cacaual, pois nas proximidades era visível a existencia de um tipo de cacau selvagem de grande tamanho conhecido como Theobroma.
Porém, o povoamento de Cacoal só teve início na década de 1970, com a chegada de vários imigrantes da região sul e sudeste do país, dando origem ao povoado conhecido como Nova Cassilândia. Nessa mesma época, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) implantou o Projeto Integrado de Colonização, para orientar a sua ocupação, coordenando a distribuição de lotes e o assentamento dos colonos.

O Trilhando a História vai ao ar todas as terças no canal 17 na Rede TV Rondônia no programa Fala Rondônia ao meio dia em rede estadual e em horários alternativos nos canais 20 e 25 (13 horas).

Os programas ficam a disposição no site http://www.amazoniavideo.com/

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Pimenta Bueno, muita história para contar


Rio Pimenta Bueno - Rondônia
Na Série de matérias gravadas no interior do Estado de Rondônia da Expedição Rondônia FORD, o Trilhando a História foi a localidade de Pimenta Bueno, localizada ao sul do estado de Rondônia. Pimenta Bueno foi a segunda cidade originada a partir da passagem do Marechal Rondon na região. Em 1912, na confluência dos Rios Apidiá e Comemoração, hoje Rios Pimenta Bueno e Barão de Melgaço, foi instalada uma Estação Telegráfica. Nessa época dos 600 homens que participavam da Expedição de Marechal Cândido Rondon, 100 chegaram com a missão de expandir a linha telegráfica Corumbá e Cuiabá até o Acre e Amazonas. Os garimpeiros e seringueiros que residiam nesse povoado eram maioria nordestinos atraídos pelas riquezas naturais.
A denominação dada ao rio Pimenta Bueno e, oportunamente, a Estação Telegráfica de Pimenta Bueno, pelo chefe da Comissão Rondon, deve-se à homenagem que a mesma estaria a prestar ao ilustre homem público, Francisco Antônio Pimenta Bueno, nascido em Cuiabá, aos 10 de novembro de 1836 e que faleceu no Rio de janeiro, em 7 de dezembro de 1888.
Francisco era filho do Dr. José Antônio Pimenta Bueno, Visconde e Marquês de São Vicente, que, por sua vez, foi um dos maiores juristas da época imperial, também Presidente da Província de Mato-Grosso, em 1846 e, mais adiante, Presidente da Província do Rio Grande do Sul, em 1850, e da Marquesa Dona Balbina Henriqueta de Faria e Albuquerque.
Francisco Antônio Pimenta Bueno, de excelente formação moral, descendente de nobre família, houvera, desde muito cedo, abraçado a carreira militar, tornando-se Coronel do Estado Maior de Primeira Classe.
Há referências que em 1926, o vilarejo contava com a população de 24 pessoas. Até a década de 1940, o pequeno povoado viveu em função do posto telegráfico e a economia girava em torno da extração da borracha e garimpo de diamantes. Nos anos 1960 com a abertura da BR-364 pelo quinto batalhão de engenharia e construção (5.º BEC) a vila se expandiu.
Em 1969, com a implantação do projeto integrado de colonização pelo Incra, começaram a chegar os migrantes, vindos especialmente do sul, para promover o crescimento e o progresso do então território federal do Guaporé, posteriormente território federal de Rondônia. Ainda hoje, segundo pesquisadores, residem no Município, descendentes daqueles pioneiros.
Elevado a condição de município, por meio do decreto n.º 6.448, artigo 47 de 11 de outubro de 1977 foi criado o Município de Pimenta Bueno, sua emancipação político-administrativa aconteceu em 24 de novembro de 1977, data em que comemora o aniversário do Município e a posse do primeiro prefeito nomeado pelo governador Humberto da Silva Guedes (Coronel do Exército), Vicente Homem Sobrinho.
No período de estiagem, os rios amazônicos reduzem seu volume d´água, rebaixando sensivelmente seu nível fluviométrico; com isso, provoca o aparecimento de trechos dos rios margeados por praias arenosas, propícias a atividades de lazer. Nas proximidades do encontro das águas dos rios Pimenta Bueno e Comemoração, afloram diversas praias, frequentadas por moradores locais e visitantes, dada a facilidade de acesso, qualidade das águas e atrativos do local. A montante dos referidos rios, existem outras praias igualmente atraentes, necessitando-se porém de uma embarcação para atingi-las.A distância destas praias é de 2 a 3 km da zona central da cidade, acessível através dos bairros marginais aos rios.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Estação Telegráfica de Vilhena construída em 1911 por Rondon
O Trilhando a História gravou no mês de julho, uma série de cinco programas sobre a Caranava FORD e a histórias dos municípios de Rondônia. Essa semana será exibido a matéria gravada na localidade de Vilhena, no sul do Estado de Rondônia. A história de Vilhena tem algo em comum com muitos outros municípios de Rondônia. Sua história teve início no começo do século XX, por volta de 1910, quando o tenente-coronel Cândido Mariano da Silva Rondon construiu nos campos do Planalto dos Parecis um posto telegráfico, ligando várias cidades entre Cuiabá e Porto Velho, e fazendo com que surgissem vilas ao redor.
A Comissão Rondon realizou a obra de ligação telegráfica entre Cuiabá e Santo Antônio do Rio Madeira, promovendo a ruptura do isolamento do oeste amazônico. Os trabalhos iniciaram no ano de 1907, no governo Afonso Pena, e foram concluídas em 1912 no governo Hermes da Fonseca. As picadas abertas na mata serviriam anos depois para a trilha da BR-029 (atual 364) e proporcionaram o surgimento de povoados que se transformaram em municípios do estado (Vilhena, Pimenta Bueno e Jaru). O ponto Final da linha telegráfica ultrapassou Santo Antônio do Rio Madeira e chegou a Porto Velho, em Rondônia. Em 1909, o tenente-coronel Cândido Mariano da Silva Rondon, que atuava como chefe da comissão e construção da linha telegráfica de Mato Grosso-Amazonas, liderou uma expedição de 42 homens por regiões amazônicas. Em determinado ponto, ergueu um acampamento, visando a realizar estudos sobre o ecossistema e o comportamento dos povos indígenas. Era ser desenhado o esboço do que viria a ser a cidade de Vilhena, no estado de Rondônia. O trabalho de Rondon seria completado alguns meses mais tarde com o estabelecimento de uma estação telegráfica, nas margens do Rio Piraculino. A região da atual cidade de Vilhena distancia-se cerca de cinco quilômetros desse rio. Tal região, porém, já havia sido desbravada cerca de 200 anos antes, quando bandeirantes como Antonio Pires e Paz de Barro denominaram a área como Chapadão dos Parecis. Concluída a obra da estação telegráfica, Rondon homenageou o antigo engenheiro chefe da Organização da Carta Telegráfica da República, Álvaro Coutinho de Melo Vilhena, falecido havia pouco tempo, batizando-a de Vilhena. Em 1910 a estação começou efetivamente a funcionar, atraindo moradores para a região.
Em 1938, o posto telegráfico de Vilhena tinha como habitantes apenas duas famílias. Abandonadas pela administração de linha telegráfica havia 8 anos, viviam da criação de bodes e cabras. Esse é o testemunho de Claude Lévi-Strauss, que relatou sua passagem pela região em seu livro Tristes Trópicos.
Durante quase 50 anos, foi o Posto Telegráfico da passagem do homem civilizado por esta região e, somente ao final da década de 1950, a sua presença tornou-se mais efetiva. No ano de 1959, o presidente Juscelino Kubitschek iniciou a BR-29 (Brasília/Acre), atual BR-364, que integrava a região Norte com as demais regiões do País. Vilhena é a entrada da Amazônia Ocidental, o que permite receber a denominação "Portal da Amazônia Ocidental", e teve seu povoamento caracterizado por vários fatores:

• Fluxo migratório das regiões mais populosas do País (sudeste/sul), a procura de novas áreas para melhoria do desenvolvimento econômico. • A existência de um clima saudável, próprio da região do Planalto; • A riquezas das matas locais (muita madeira, hoje quase esgotada); e • A construção da verdadeira rodovia de interligação (Brasília/Acre) BR-364.
Em 1964, por meio do Ibra (Instituto Brasileiro de Reforma Agrária), e depois do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), ocorreu distribuição de terras da União a colonos dispostos a se fixarem na região. Este fator atraiu migrantes de todos os quadrantes do País. Nesta ocasião chegavam as primeiras cabeças de gado (80 reses) e instalavam-se o primeiro posto de gasolina, o primeiro hotel e restaurante, tudo propriedade do pioneiro Ferreira Queiroz. Após o golpe militar de 1964, chega o 5º BEC (Quinto Batalhão de Engenharia e Construção), para a conservação da estrada, tendo à sua frente o comandante Todeschini, que residia em Vilhena. Construiu-se a primeira igreja católica. Vilhena começa a se consolidar com a construção da atual rodovia BR-364. No início de 1960, o presidente Juscelino Kubitschek visitou a região para inaugurar a rodovia Brasília-Acre e vistoriar as obras da BR-364. Para tanto, uma pista de pouso teve de ser construída de forma urgente para receber o comitiva presidencial, atraindo número significativo de trabalhadores para a região. A pista passou a ser uma referencia para as operações do Correio Aéreo Nacional e para empresas como a Vasp e a Cruzeiro do Sul, que tinham dificuldades de implementar suas rotas amazônicas. Outro impulso vindo na esteira da construção da pista foi a instalação de um destacamento da Força Aérea Brasileira na região e um pequeno hospital militar.
Muitos trabalhadores que vieram construir a pista de pouso e a rodovia fixaram-se na região e grande número de pessoas foi estimulado a buscar melhor sorte na nova cidade que se formava.

O Trilhando a História vai ao ar todas as terças no canal 17 na Rede TV Rondônia no programa Fala Rondônia ao meio dia em rede estadual e em horários alternativos nos canais 20 e 25.
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