Primeiros passos da construção da E.F.M.M. hoje Porto Velho, 1907-12. |
Esse trecho é parte do hino de Porto Velho, letra de C.
Feitosa, hino que talvez poucos nascidos em Porto Velho teriam conhecimento.
Por isso, lembra da instalação de administrativa de nossa cidade é tão
importante. São nessas datas que levamos os cidadãos de Rondônia a conhecerem
um pouco mais de nossa história, e assim refletir sobre a história de nossos
pioneiros.
Com a construção do Centro Administrativo da empresa
construtora da ferrovia no antigo Porto Velho Militar, logo nas imediações os
trabalhadores iniciaram a construção de suas casas para o lado que dava para
Santo Antônio. Em 1913 criava-se a Vila de Porto Velho, e já no dia 2 de
outubro de 1914 era publicada a lei número 757, criando o município de Porto
Velho. Com o decreto assinado pelo Dr. Jonathas Pedrosa, governador do Estado
do Amazonas, no dia 24 de janeiro de 1915, instala-se solenemente, e era
considerado município autônomo, sendo o seu superintendente (prefeito) o Major
do Exército Fernando Guapindáia de Souza Brejense, e intendentes, e suplentes,
José Jorge e Braga Vieira, Luziano Barreto, Manoel Félix de Campos, Antônio
Sampaio, José Camargo Achiles Reis, Alderico Castilho, José Pontes e como
secretário, Sr. Manoel Pires de Castro.
A cidade na opinião de Oswaldo Cruz era “um cenário desordenado” de 800 habitantes. Todos os barracos eram de madeira, inclusive os grandes barracões da companhia construtora que ficavam sobre pilares de alvenaria e cobertura de telhas francesas; outros eram cobertos com zinco e sobre esteios de quariquara ou itaúba, preferencialmente, sendo a grande maioria improvisadas cabanas de palha. Enquanto isso no Clube Internacional (hoje Ferroviário) mulheres e homens dançavam o fox ao son de jazz; rubicundos ingleses vestidos de branco, a beber uísque; alemães ingênuos e sorridentes, servindo chopp com avidez; francesas de Marselha, com admirável eroísmo profissional, sorrindo acintosas e convidativas aos peões.
A cidade na opinião de Oswaldo Cruz era “um cenário desordenado” de 800 habitantes. Todos os barracos eram de madeira, inclusive os grandes barracões da companhia construtora que ficavam sobre pilares de alvenaria e cobertura de telhas francesas; outros eram cobertos com zinco e sobre esteios de quariquara ou itaúba, preferencialmente, sendo a grande maioria improvisadas cabanas de palha. Enquanto isso no Clube Internacional (hoje Ferroviário) mulheres e homens dançavam o fox ao son de jazz; rubicundos ingleses vestidos de branco, a beber uísque; alemães ingênuos e sorridentes, servindo chopp com avidez; francesas de Marselha, com admirável eroísmo profissional, sorrindo acintosas e convidativas aos peões.
O PRIMEIRO PREFEITO
O governo de Guapindaia foi marcado por uma série de
desentendimentos com os administradores da Estrada de Ferro Madeira Mamoré,
pois a ferrovia gozava de isenção de impostos estaduais e municipais, além de
ser detentora de grandes porções de terras destinadas ao uso da ferrovia.
Primeiro Prefeito de Porto Velho - Major Guapindaia, 1914. |
Guapindaia continuou sua investida contra os
ferroviários, proibindo a retirada de dormentes e lenha dos locais que ele julgava
estar de fora dos limites concedidos à ferrovia.
Tal medida gerou revolta, não somente nos chefes
ferroviários, mas também dos que viviam de empreiteiras na extração de madeira,
tendo os advogados da companhia entrado com recursos e, ao mesmo tempo, pressionando
o superintendente para uma prestação de constas.
O ALAMBRADO
Mercado Municipal construído pelo Guapindaia na antiga rua Divisória. |
Aleks Palitot
Historiador reconhecido pelo MEC pela portaria n° 387/87
Diploma n° 483/2007, Livro 001, Folha 098
Historiador reconhecido pelo MEC pela portaria n° 387/87
Diploma n° 483/2007, Livro 001, Folha 098
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