domingo, 10 de setembro de 2023

Porto Velho e seus símbolos oficiais

Os símbolos do Município de Porto Velho, (brasão, bandeira e hino), 1983 por uma comissão designada pelo Prefeito Sebastião Assef Valladares, julgadora foi assim constituída: professores Lorival Chagas da Silva, Odete Schokness, Ageu Rosa de Lima, Gesson Álvares de Magalhães e Raimundo Nonato Castro; jornalista Euro Tourinho; arquítetos Sílvio Machado e Luiz Leite de Oliveira; escritora Kléon Maryan; promotor de justiça e escritor Edson Jorge Badra; maestros Carlos Sinfontes e Luiz Machado; artistas plásticos João Zoghbi e Raimundo Paraguaçu de Oliveirae o militar Lauro Magalhães. Essa comissão teve o assessoramento do jornalista João Ciro Pinheiro de Andrade e da professora Madalena Neimaier Duarte, respectivamente, Coordenador de Divulgação de Turismo e Promoção do Gabinete do Prefeito e Diretora da Seção de Assuntos Culturais da Secretaria Municipal de Educação e Cultura.


A comissão escolheu dentre os projetos apresentados, 35 para o brasão, 52 para a bandeira e 12 para o hino, as propostas de autoria do poeta, escritor e acadêmico, fundador da Academia de Letras de Rondônia, Antônio Cândido da Silva (bandeira e brasão). A proposta vencedora do hino (letra e música), foi a do escritor e membro da Academia de Letras de Rondônia, Cláudio Batista Feitosa. Esses símbolos foram instituídos pela Lei Municipal n° 249 de 11 de outubro de 1983, assinada pelo Prefeito Sebastião Assef Valadares.

O simbolismo do hino é significativo e profundo. A interpretaçāo do autor, Cláudio Batista Feitosa, esclarece:

“No eldorado uma gema brilha / em meio a natureza, imortal:/ Porto Velho, cidade Ocidental, justamente no Eldorado - assim como é considerado o Estado privilegiada por concentrar todo um sistema de vias de transportes quadrantes - os interesses econômicos de Rondônia e de outras Unidades da Federação.

"São os teus raios estradas perenes/ onde 

transitam em várias direções / o progresso do 

solo de Rondônia / e o alento de outras 

regiões".


Essa peculiaridade geográfica harmoniza-se, coincide com imagem - sāo materializados pelas estradas existentes por onde viajam, céleres,a esperança e o progresso.

"Nasceste ao calor das oficinas / do parque da 

Madeira - Mamoré / pela forja dos bravos 

pioneiros / imbuídos de coragem e de fé".

Se as duas primeiras estrofes enaltecem a importância da situaçāo geográfica de Porto Velho no concerto da Amazônia Ocidental, a terceira enfoca a sua origem, as suas raízes, alimentadas pela coragem,pela tenacidade e pela fé dos bravos pioneiros, de quantas bandeiras, que vieram construir a Estrada de Ferro Madeira- Mamoré, no alvorecer deste século. Porto Velho, a cidade, nasceu realmente ao calor das oficinas da lendária ferrovia marco indelével do progresso e do desenvolvimento desta região do alto Madeira.

"És a cabeça do Estado vibrante; / és o 

instrumento que energia gera / para a faina 

dos novos operários, / os arquitetos de uma 

nova era".

Finalmente, vê-se Porto Velho projetando-se do presente para o futuro, para o lugar de destaque que a história lhe reservou. Em ligeiro retrospecto, os fatos registram que, mercê do seu desenvolvimento, Porto Velho é responsável pela conquista definitiva do Centro - Oeste da Pátria. Aqui, consolidou-se a trilha de Rondon, alargada, transformada em estrada de rodagem, corredor de exporaçāo da produção do Estado de País, pelo Mato Grosso, pela BR-364, que também, descortina, no sentido do Oeste, a “Saída para o Pacífico", pontificada como solução para o desenvolvimento definitivo do Centro-Oeste, O hino esalta porto e lho vibra, que se arremessa para o futuro garantido pela idreletrica de sua potencialidade para facilitar o trabalho dos nossos pósteros,dos pioneiros, saberão construir com maestria e perfeiçāo o futuro do Município e do Estado.

"No eldorado uma gema brilha / em meio a 

natureza, imortal: / Porto Velho cidade e 

Município, / orgulho da Amazônia Ocidental".

A última estrofe, idêntica à primeira, enfatiza a imagem da gema da jóia preciosa que é Porto Velho, que deve continuar brilhando, singela, nos ideais e nas vozes da juventude do nosso Município responsável pela preservaçāo da nossa memória.

A música é extremamente simples. Com apenas duas variedades propositadamente para facilitar a memorização das estrofes cujas palavras podem ser articuladas por completo, com indisfarçável facilidade, dispensados quaisquer artificios. O ritmo, moderadamente enérgico, sugere a seriedade e o clima, solene e respeitoso, exigido nas execuções dos hinos como este do Município de Porto Velho”. A partitura do hino do Município integra o patrimônio histórico material de Porto Velho.

Na configuração da bandeira contendo 2/3 na cor azul representando nosso céu "sempre azul” e 1/3 na cor amarela fazendo alusão às riquezas do Município, destacam-se as caixas d'água negras, à esquerda. Essas três caixas d'água instaladas pela empresa construtora da E.F. Madeira-Mamoré, resumem a história do surgimento de Porto Velho, centro administrativo e cultural do Estado.

O brasão é "constituído pela figura de três caixas d'água sobrepostas, da sable (negro), em meio a uma coroa formada por um torçal de plantas de arroz, à destra, e por um ramo de seringueira, à sinistra, encimada por uma estrela de cinco pontas, de prata, e sobre esta a legenda Porto Velho, de sable. Sob a figura das três caixas d'água, vê-se um fragmento representativo de uma ferrovia, de sable, composto de de sable. Todo conjunto repousa sobre uma magnificente resplendor de ouro formando uma estrelas de trinta pontos.



Os Símbolos do Município foram apresentados oficialmente à comunidade de Porto Velho em uma solenidade realizada dia 12 de outubro de 1983, na praça das Caixas D'Água, pelo Prefeito Sebastião Assef Valadares. Nessa ocasião, a bandeira foi hasteada pela primeira vez, sendo responsável pelo hasteamento, o engenheiro e professor José Otino de Freitas, Prefeito nomeado do Município de Porto Velho no ano de 1947.

Após 69 anos de criação o Município de Porto Velho que ainda não possuía seus símbolos identificadores, passou a tê-los e a usar seu brasão em documentos oficiais, seu hino entoado e sua bandeira hasteada.

Aleks Palitot

Mestre e Historiador


Fonte: Yeda Borzacov e Esron de Menezes

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