terça-feira, 18 de junho de 2013

Vamos Acordar


Ser cidadão é ter direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a lei: é, em resumo, ter direitos civis. É também participar no destino da sociedade indo para as ruas protestar. Rondônia começa a acordar, assim como acordou todo o Brasil. Vá sim para as ruas, sem violência, mas com palavras de ordem, com cartazes e faixas, e demonstre seu patriotismo.
E o que é ser patriota? Patriota não é aquele que, em nome da força, violenta o direito e põe o sabre no peito da nação. Patriota não é aquele que, no entrechoque entre milhares de camponeses sem terra e o latifundiário espojado na vastidão de terras improdutivas, abraça o poderoso e condena o infortunado. Patriota não é aquele que, convocado a debelar uma greve de professores explorados percebendo os salários aviltantes, contra o Estado empanturrado de milhões, pagando altos valores a cargos comissionados, grita à polícia que o explorado é vândalo e desordeiro.
Nos jovens de ontem, as gerações que vão se sucedendo devem colher as suas lições de vida. Por essa senda, encontra-se o futuro, marcado, em certos momentos da história, por terremotos humanos que abalaram os destinos dos povos. Deles rebentaram vultos, alguns ensangüentadores de nações. Da Revolução Francesa, esta personalidade devastadora de velhas dinastias e do excrescente divino dos reis. Da Primavera Árabe, abriram-se crateras nos povos do mundo, dela promanou um novo reordenamento nos sistemas políticos do Oriente.
Por ironia do destino, quis a história, que ressurgisse o nosso patriotismo as vésperas de uma Copa do Mundo de Futebol, e no Brasil. Sabemos que sempre, em períodos deste evento mundial esportivo, o Brasil sempre exacerbou as cores da bandeira da nossa mãe pátria em nome tão somente do futebol. Hoje o mundo vê, e principalmente os políticos do Brasil, que não somos tão somente o país do carnaval e do futebol. Renascemos, e acordamos, para não mais aceitar a política do pão e circo. Não serão os estádios lotados, mas sim as ruas as verdadeiras arquibancadas de personagens de uma nova história. Protagonistas que escreverão uma página nova, de um novo capítulo, que será lembrado e eternizado nas aulas dentro das escolas. Vamos para as ruas protestar!

Aleks Palitot
Professor e Historiador

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