A CRIAÇÃO DO TERRITÓRIO E O MUNICÍPIO DE PORTO VELHO
Porto Velho surgiu, como já
explicamos em outro local deste trabalho, em virtude das obras da Estrada de
Ferro Madeira Mamoré; logo deve essa estrada os primeiros benefícios
urbanísticos. A partir da construção dos galpões e oficinas, pátio de manobra,
estação ferroviária e porto fluvial, começaram a surgir outras obras
importantes, utilizadas, ora como residências, ora servindo como logradouro
onde colocavam banco, escola, prefeitura provisória, hotel e até mesmo local
para ministrarem cultos religiosos das igrejas católica, anglicana e Batistas.
Então iniciou-se políticas públicas para rede de esgotos, fornecimento de água
e energia elétrica. Foi durante a construção da ferrovia Madeira Mamoré que se
implantou aqueles serviços, tendo à água e esgotos, sem que, entretanto, tenha
a ferrovia alguma planta que aponte os serviços realizados e constituídos.
Embora os prefeitos tenham, realizado alguma obra de pequena monta, é verdade que, somente a criação do então Território do Guaporé, quando foi fundado o Serviço de Abastecimento de Água, Força e Luz do Território – ( SAALT), e que se andou implementando a estação e rede de água e luz agora sob responsabilidade do governo territorial.
O calçamento com pedras teve
início na gestão do prefeito Carlos Mendonça, bem como construção de
meios-fios, sargetas e galerias; daí para frente, outros prefeitos, como
Floriano Riva, que andou construindo bueiros e aumentando o calçamento e
construção do Mercado Municipal do km 1, pois que o primeiro Mercado fora dado
início com o primeiro prefeito – Guapindaia, e concluindo quase três décadas
depois pelo Prefeito Boemundo Álvares Afonso.
A novidade do asfaltamento veio
depois dos anos 61, quando fizeram a primeira tentativa; daí aos poucos, foram
aprimorando o serviço e o prefeito Hercules Lima de Carvalho asfaltou a
Pinheiro Machado, até o planejamento feito pelo prefeito Walter Paula de Sales
que ainda realizou algum trabalho de pavimentação, também prosseguiram com a
iniciativa a gestões de Odacir Soares e Jacoh Atallah, que receberam auxílio do
governador Jorge Teixeira de Oliveira. A partir daí iniciaram as obras mais
importantes até então realizadas em termos de galerias subterrâneas, quando
construíram na principal região onde se encontravam as águas, após chuvas, nos
bairros Olaria, São Cristóvão e Liberdade, dando, pois, a partir do Prefeito
Hercules Lima, quando abriram valados e colocaram bueiros no restante da
Pinheiro Machado. Antes, apenas os trabalhos realizados por Saler Morheb que se
preocupava na infraestrutura pluvial e drenagem; trabalho realizados por outros
prefeitos na Av. Sete de Setembro – e lá ressalta-se o trabalho feito pelo
prefeito Odacir Soares na região do igarapé Favela, construindo galeria no
local onde fora conhecido pelo apelido de Espinhaço do Ribeiro pois lá, o português José Ribeiro, havia colocado 10
mil metros cúbicos de aterro sobre um bueiro, permitindo o tráfego da região leste-oeste, entretanto não
resistia ao tráfego que aumentava
sobremodo na Av. Sete de Setembro. No mesmo ano o prefeito Odacir Soares mandou
desarborizar a cidade, arrancando “benjamins fícus” infestados por pragas
plantados pelo segundo prefeito de Porto Velho Dr. Tanajura, e ingazeiras
plantadas pelos prefeitos da década de 40.
Desde Sebastião Valadares até
nossos dias, os prefeitos limitaram-se a dar continuidade ao plano estabelecido
a partir de estudos de técnicos da SERPHAU, que resultaram no Plano de Ação
Imediata e nos projetos denominados Cura e Bacuri, e mais algumas ruas
asfaltadas - fora daqueles projetos,
realizados pelo prefeito Tómas Correia que também – a exemplo dos trabalhos da
Av. Pinheiro Machado, colocou bueiros ao longo da avenida Nações Unidas em
conexão com a Sete de Setembro, com recursos estaduais apoiado pelo Jerônimo
Santana, então governador do Estado.
Aleks Palitot
Professor Mestre e Historiador
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